Mato Grosso ampliou o número de postos de trabalho em 3,73% em 2017, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais,) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (28). O Estado encerrou o ano com 800,385 mil empregos, acréscimo de 28,758 mil postos sobre o ano anterior (771,627 mil). O estoque de profissionais é em sua maior parte masculino. São 486,390 mil homens (60,77%) e 313,995 mil mulheres (39,23%). No ano passado, eles conseguiram mais emprego que elas, sendo que 20,939 mil homens (72,8% das vagas) entraram no mercado de trabalho em comparação às 8,488 mil mulheres.
É o 2º melhor resultado da região Centro-Oeste, já que Goiás criou 69,479 mil empregos no mesmo período, alta de 4,81% sobre o estoque anterior. A remuneração média do trabalhador, por outro lado, cresceu 3,58% no ano passado em Mato Grosso. Subiu de R$ 2.805,14 para R$ 2.905,55. É a maior valorização do Centro Oeste, que subiu 0,94%, e supera a nacional, de 2,12%.
Os setores que mais empregam são Serviços (206,022 mil), Comércio (188,281 mil) e Administração Pública (152,356 mil). Mas, os que mais ampliaram o número de vagas foram Serviços (7,767 mil), Administração pública (7,346 mil), Indústria de transformação (6,645 mil) e A g r o p e c u á r i a (4,639 mil).
A Rais é a base de dados mais completa sobre empregadores e trabalhadores formais no Brasil. A partir destes dados é obtido o perfil das empresas e dos trabalhadores e serve para a elaboração de políticas públicas de emprego do governo e para o pagamento de benefícios, segundo o Ministério do Trabalho.
O empresário Sérgio Antunes, proprietário de uma empresa de confecções, por exemplo, encolheu seu quadro de funcionários praticamente à metade nesse contexto de crise econômica, de 220 para em torno de 100 funcionários, e encerrou atividade de 8 lojas, ficando com 28. “Nós empresários temos que ser otimistas. Agora vou abrir uma nova loja, acreditando em um movimento melhor. Tentamos nos adaptar e sobreviver. Só espero que consigamos superar esse quadro político instável das eleições e retomar a economia”.
O economista Edisantos Amorim destaca que se apostava em uma retomada da economia no ano passado, que não aconteceu, mas que desde então ela saiu da estagnação e iniciou um processo de recuperação que continua em 2018 e a expectativa fica para o próximo ano.
“Hoje estamos na frente de vários Estados da federação nos nossos indicadores porque o agronegócio ainda é o carro-chefe da economia, mas até quando, é o que eu questiono. É preciso pensar num processo maior de industrialização, de ampliação de mercado para aumentar a produtividade e ter demanda da produção para melhorar o ambiente de negócios e gerar mais emprego no Estado”.
Fonte: R7
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