A chuva que caiu na Zona Leste de São Paulo na manhã desta terça-feira (12) fez o nível dos alagamentos que atingem o bairro da Vila Itaim – há mais de sete dias – voltar a subir. Choveu 23 milímetros em uma hora no local.
Trens da CPTM chegaram a interromper a circulação devido às vias alagadas, e moradores da região fizeram ato contra a situação em que o local se encontra há mais de uma semana.
Uma equipe da Defesa Civil esteve no local para ajudar as crianças a se deslocarem até a creche do bairro, mas não foi possível circular pelas vias, conforme mostrou o Bom Dia São Paulo.Na Rua Aramaçá, pais e mães buscavam alternativas para proteger as crianças do risco de contaminação. O problema também estava no interior das casas. Era possível ver quintal e garagem repletos da água suja e barrenta.
Trem interrompido
As linhas de trem da CPTM que passam pela região também foram afetadas. A linha 12-Safira ficou com a circulação interrompida entre as estações Engenheiro Manoel Feio, Jardim Romano e Itaim Paulista. A linha foi normalizada às 8h10.
Na linha 11-Coral, os trens circularam com menor velocidade e maior tempo de espera entre as estações Guaianases e Estudantes. A normalização ocorreu às 7h49.
Moradores protestam
Como protesto contra a situação em que o bairro se encontra nos últimos dias, um grupo de moradores bloqueou trecho da avenida Marechal Tito que passa sobre o rio. Eles usavam pedaços de madeira e caixas para bloquear a via. Motoristas precisavam dar meia volta para desviar do bloqueio.O marceneiro Roney caminhava pela água para ir ao trabalho quando prendeu o pé em um bueiro que estava com a tampa aberta. Com as vias cobertas pela água, é impossível reconhecer onde se pisa. “Sorte que eu pisei só com um pé, e deu para sair”, contou após cair na água.
“Todo ano é assim, todo ano alaga. Muda de prefeito, de presidente, e eles não olham para a gente. Está cada vez pior. Nós trabalhamos para conseguir as coisas, entra água na nossa casa e perdemos tudo”, afirma outra moradora, que vive na região desde a infância.
“De novembro até março a gente vive essa aflição. Todo ano é isso. Há mais de dez anos a realidade é essa”, comenta a auxiliar de enfermagem Adriana Gonçalves de Lima.
Fonte: G1
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