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Polícia admite que traficantes podem ter matado meninos em Belford Roxo

A Polícia Civil admitiu, pela primeira vez, que as três crianças que desapareceram em dezembro do ano passado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, podem ter sido mortas pelo tráfico de drogas.

A informação foi divulgada pelo “O Globo” nesta quinta-feira (19). Em entrevista ao deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), o delegado Uriel Alcântara afirmou que esta é a principal linha de investigação.

Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique sumiram no final de dezembro. Os três teriam sido assassinados por terem furtado a gaiola de um passarinho, segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

“A gente trabalha com essa questão e, em razão disso, o tráfico teria determinado, teria pegado essas crianças, não sabe o que teria acontecido, como teria ocorrido, mas sabe que, em razão disso, essas crianças foram pegas e foram mortas dentro da comunidade. Então, a gente sabe que essas crianças tiveram os corpos levados pra um rio”, afirmou.

Em outro momento da entrevista, ele disse também que “se trabalha com a responsabilidade do tráfico de drogas por ter matado essas crianças e ocultado os corpos”.

A Polícia também descartou outras linhas de investigação que não envolvam o tráfico de drogas local como reponsável.

Ossada não é dos meninos
No início do mês, uma ossada encontrada perto da comunidade passou pela perícia. O exame foi realizado depois que um homem se apresentou à polícia no fim do mês passado acusando o próprio irmão de ter participado da ocultação dos corpos. Os restos mortais não eram das crianças.

Em julho, as famílias dos meninos disseram à Defensoria Pública que acreditavam que os três ainda estariam vivos.

O delegado revelou ainda que investiga um outro homicídio que pode estar relacionado ao desaparecimento das crianças.

O tráfico local, segundo ele, também é suspeito de ter matado outras duas pessoas — sem relação com o caso — e escondido os corpos na comunidade.

Uriel Alcântara também falou sobre a dificuldade de uma investigação feita em um local dominado pelo tráfico de drogas.

“(Pelo) simples fato de morar lá dentro, um trabalhador tem medo e resistência muito grande de ir numa delegacia e conversar com os policiais porque volta para aquele lugar hostil, cercado de barricadas, enfim, uma comunidade como as que têm no Rio”.

Fonte: G1


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