O dólar opera em alta nesta sexta-feira (17), depois da divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) de outubro. O índice, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, registrou queda de 0,06% no mês passado, enquanto analistas esperavam uma leve alta.
Também continua refletindo no mercado a notícia de que a meta fiscal deve permanecer inalterada para 2024, notícia que agrada os investidores.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta e chega aos 125 mil pontos, puxado pelo bom desempenho das ações da Vale e da Petrobras.
Dólar
Às 13h20, o dólar subia 0,53%, cotado a R$ 4,8955. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,17%, depois de operar em baixa durante boa parte do dia, vendida a R$ 4,8696. Com o resultado, passou a acumular quedas de:
0,91% na semana;
3,39% no mês;
7,74% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,34%, aos 125.059 pontos.
As ações da Vale e da Petrobras subiam 0,36% e 2,95%, respectivamente, acompanhando a alta do minério de ferro e do petróleo.
Além disso, hoje também é um dos últimos dias para que interessados em receber os próximos dividendos da Petrobras comprem papéis da companhia, o que eleva o interesse pela ação. A data de corte é a próxima terça-feira (21), pós feriado em seis estados brasileiros.
Na véspera, o índice fechou em alta de 1,20%, aos 124.639 pontos, no maior patamar desde julho de 2021. Com o resultado, passou a acumular altas de:
3,38% na semana;
10,16% no mês;
13,58% no ano.
Em um dia de agenda vazia no Brasil e no mundo, os investidores refletem os números da prévia do PIB e continuam repercutindo as últimas notícias que trouxeram um viés mais positivo para os mercados.
O resultado do IBC-Br, que caiu 0,06% em setembro, foi o segundo consecutivo de queda no indicador, que caiu 0,77% em agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 0,32%, informou o Banco Central.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 2,77% e, em 12 meses até setembro, apresentou crescimento de 2,5%.
Já cenário político, o destaque é para a confirmação de que o governo desistiu de mudar a meta fiscal para o ano de 2024, pelo menos por enquanto. A informação foi anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Forte (União-CE), e confirmada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A meta fiscal prevê que, durante o próximo ano, o governo só pode gastar aquilo que arrecadar e o que tiver em caixa, sem aumentar a dívida pública. A decisão de manter a meta dá mais tempo para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consiga tramitar no Congresso medidas que possam aumentar a arrecadação federal.
O mercado doméstico também segue acompanhando os dados da Americanas, que ontem, depois de vários adiamentos, finalmente divulgou seus resultados de 2022, revelando um prejuízo de R$ 12,9 bilhões no ano.
Esse é o oitavo maior prejuízo já registrado por uma empresa brasileira de capital aberto desde 2010, segundo levantamento de Einar Riveiro. Em primeiro lugar fica a Vale em 2015, quando registrou prejuízo de R$ 44,2 bilhões após o rompimento das barragens em Mariana (MG).
A Petrobras aparece nas posições de 2°, 3° e 6° lugar, nos anos de 2015 (R$ 34,8 bilhões de prejuízo), 2014 (21,5 bilhões) e 2016 (R$ 14,8 bilhões), respectivamente, todas decorrentes dos rombos apontados pela Lava Jato.
Fonte: G1
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