- Economia

Pobreza extrema cai no mundo, mas ritmo desacelera, diz Banco Mundial

O percentual de pessoas que vivem em pobreza extrema no mundo caiu para 10% (ou 736 milhões de pessoas) em 2015, mostram os dados mais recentes do Banco Mundial, divulgados nesta quarta-feira (19). Em 2013, 11% da população vivia em condições de miséria.

Dessa forma, o número de pessoas que viviam com menos de US$ 1,90 por dia teve uma redução de 68 milhões durante este período, passando para 736 milhões. A previsão preliminar do estudo é que a pobreza extrema tenha baixado para 8,6% em 2018.

Apesar da queda constante da miséria, o ritmo de queda desacelerou. Entre 1990 e 2015, a taxa de pobreza extrema baixou em média um ponto percentual por ano, passando de quase 36% para 10%. Porém, em dois anos (entre 2013 e 2015), ela caiu apenas um ponto percentual.

Segundo o Banco Mundial, apesar do progresso na redução da pobreza extrema, as taxas continuam “persistentemente altas em países de baixa renda e nos países afetados por conflitos e revoltas políticas”.

A meta do órgão é reduzir a taxa de pobreza extrema para 3% da população mundial até 2030.

“Mas para acabar com a pobreza até 2030, precisamos de muito mais investimento, em especial na criação de capital humano, para ajudar a promover o crescimento inclusivo que será necessário para alcançar os pobres restantes”, afirmou em comunicado o presidente do Grupo Banco Mundial, Jim Yong Kim.

O estudo é uma prévia do relatório “Pobreza e Prosperidade Compartilhada 2018: Montando o Quebra-Cabeça da Pobreza”, que será publicado no dia 17 de outubro, Dia Mundial da Erradicação da Pobreza. O levantamento não trouxe dados por país.

Concentração da pobreza extrema
Apesar de cerca de metade dos países terem taxas de pobreza abaixo de 3%, o estudo do Bird conclui que o mundo “não está no caminho certo para atingir a meta de menos de 3% em pobreza extrema até 2030”.

Pessoa carrega garrafas plásticas no Nepal (imagem de arquivo). — Foto: AP Pessoa carrega garrafas plásticas no Nepal (imagem de arquivo). — Foto: AP
Pessoa carrega garrafas plásticas no Nepal (imagem de arquivo). — Foto: AP

Ásia Oriental e Pacífico e Europa e Ásia Central, reduziram a pobreza extrema para abaixo dos 3%. O Oriente Médio e o Norte da África já tinham anteriormente estado abaixo de 3% em 2013, mas os conflitos na Síria e no Iêmen elevou as respectivas taxas de pobreza em 2015.

Houve um aumento da concentração da pobreza extrema em regiões onde a redução da pobreza foi mais lenta, como na África Subsariana. O Bird estima que, até nos cenários mais otimistas, a pobreza ficará em dois dígitos até 2030, na ausência de mudanças significativas da política.

“O abrandamento do declínio da pobreza também reflete a queda dos preços das matérias-primas, conflitos e outros desafios econômicos para os países em desenvolvimento”, conclui o Banco Mundial.

Segundo o Bird, a linha internacional de pobreza é avaliada em US$ 1,90 em termos de paridade de poder de compra (PPC) de 2011, equilibrando o poder de compra em todos os países e moedas.

Fonte: G1


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