A missão não era das mais simples. Encarar o Internacional no Beira-Rio sem quatro de seus titulares fez Maurício Barbieri mudar o estilo de jogo e sua equipe. Armou com dois volantes – Piris da Motta e Rômulo. Mas alterar o esquema não foi o suficiente para um time que agora mostra falta de confiança e pouca eficiência em um momento de pressão diante da queda de rendimento.
E não há tempo para lamentar. Sob desconfiança, o Rubro-Negro encara a Chapecoense, sábado, no Maracanã. Na quarta, recebe o Corinthians pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. O time de Barbieri não ganha há três rodadas no Brasileirão e, na semana passada, foi eliminado da Libertadores.
Pressão interna cresce
Há respaldo do departamento de futebol e do presidente, mas o momento é o mais delicado desde que o técnico assumiu o time. Vale lembrar que o cenário político do Flamengo é intenso a quatro meses da eleição. Atual vice-presidente de futebol, Ricardo Lomba será candidato da situação e sofre pressão de alguns de seus apoiadores.
– É um momento difícil. Toda vez que você não consegue os resultados, acaba mexendo com a confiança. A gente vem conversando bastante. Tocando no ponto que temos conseguido produzir as oportunidades. É o caminho para fazer os gols e corrigir os erros defensivamente. São todos jogadores que sabem o tamanho da pressão que é jogar no Flamengo. É nesse caminho que a gente vai seguir, procurando reverter já no sábado – disse Barbieri, após o jogo
Fla é pressionado no início, e falha da defesa ajuda o Inter
Setor que foi um trunfo antes da parada da Copa do Mundo, a defesa do Flamengo voltou a cometer falhas determinantes. Em jogos como o desta quarta-feira, esses erros costumam ser imperdoáveis.
O Flamengo foi empurrado nos primeiros 20 minutos de jogo. Antes mesmo do gol, aos quatro minutos, o Inter já havia conseguido dois escanteios cedidos em bobeiras da defesa rubro-negra. O time rubro-negro havia entrado em campo um tanto desatento, e foi punido com o gol de Pottker. O cruzamento de Edenílson foi de bem longe – quase da intermediária, mas Léo Duarte se atrapalhou e permitiu a finalização no fundo da rede.
Léo, que voltou ao time após cumprir suspensão, teve uma atuação abaixo de sua média recente. Voltaria a falhar no segundo gol dos colorados. Após escanteio cobrado por Nico López, perdeu a dividida pelo alto com Rodrigo Dourado, que fez o segundo do Inter.
Sem Diego e Paquetá, Vitinho aparece mais
Os desfalques eram de peso. Sem Lucas Paquetá e Diego, era preciso uma ação ofensiva e criativa maior de Vitinho e Everton Ribeiro. O camisa 14 até se apresentou melhor, brigou pela bola no meio e marcou o gol rubro-negro do Fla em belo chute de primeira. Mas, mesmo assim, não foi eficiente naquele necessário e crucial último passe. Ribeiro não manteve o ritmo que o deixou como destaque do time nas últimas semanas.
A verdade é que o setor ofensivo formado por Vitinho, Everton Ribeiro, Marlos e Lincoln teve dificuldades também de entrosamento. E, principalmente, faltou efetividade nas jogadas.
Lincoln, que ganhou a vaga na disputa com Uribe e Henrique Dourado, foi pouco acionado. A bola praticamente não chegou. Também no ataque, Marlos, assim como no último domingo, não aproveitou mais uma oportunidade entre os titulares. As cabeçadas defendidas por Marcelo Lomba foram as melhores chances rubro-negras no primeiro tempo.
Arão entra e inicia jogada do gol
Na etapa final, Barbieri sacou Piris (que estava com cartão amarelo) e colocou Willian Arão. Faltava uma ligação melhor pelo meio, e o camisa 5 passou a buscar mais jogadas ofensivas. Foi assim que saiu o lance do gol rubro-negro. O técnico ainda colocaria Uribe e Matheus Sávio, este que perdeu um gol cara a cara quase no fim, em bola defendida por Marcelo Lomba.
Fonte: Globo esporte
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