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Caio Ribeiro fica atrás apenas de campeão paralímpico e é prata no KL3 no Mundial

O sorriso ao cruzar a linha de chegada era tímido. Seria mais largo se o ucraniano Serhii Yemelianov não tivesse sido mais veloz. Mas Caio Ribeiro tinha motivos para se orgulhar. Superado apenas pelo campeão paralímpico na Rio 2016, o brasileiro conquistou a prata no KL3 no Mundial de Montemor-o-Velho com o tempo de 39s761. O bronze ficou com o russo Leonid Krylov.

– Significa muito trabalho pela frente. Estou muito contente pelo que vinha fazendo, mas essa medalha de prata significa reforçar o trabalho, corrigir os erros e seguir em frente. (…) Não foi ouro porque meu oponente foi melhor. Dei meu máximo, mas preciso mais disso, de provas internacionais contra os melhores. Eu pensava que estava treinando o suficiente mas, pelo visto, não. É descobrir o que ele está fazendo para fazer melhor.

Esta foi a segunda medalha da canoagem paralímpica do Brasil na raia portuguesa, a segunda no caiaque. Nesta quinta-feira, Luis Carlos Cardoso abriu a contagem com um bronze no KL1. Tanto Caio quanto Luis voltam à água em busca de pódios também na canoa.

Yemelianov liderou a prova desta sexta-feira de ponta a ponta. Caio, que tem a perna esquerda amputada na altura da coxa, só se firmou na segunda colocação na metade final do percurso de 200m, mas mesmo assim esperava que pudesse ter rendido melhor na competição. Nas baterias classificatórias ele foi o mais rápido no geral, enquanto nas semis foi superado apenas pelo adversário ucraniano.

Para essa temporada, Caio considera que a preparação dele foi superior a do ano anterior. O atleta disse que, graças ao auxílio da Bolsa Pódio, conseguiu investir em novos equipamentos, melhor alimentação e, sobretudo, em campings de treinamento. Passou três meses treinando na Hungria, dois no Japão e um na Tailândia.

– Passei esse último ano treinando muito, mudei tudo. Senti que a diferença foi bem melhor o desempenho nesse campeonato. Saindo do nosso ambiente faz uma diferença, ajuda a gente a focar um pouco mais. E a gente aprende, o que é o mais importante. (…) Passei os últimos três meses na Hungria, e lá a canoagem é que nem o futebol no Brasil. Foi bom estar com os melhores do mundo.

Cowboy fica em sexto
Mais cedo, no KL2 masculino, Fernando Rufino, mais conhecido como Cowboy, também disputou medalha. O brasileiro largou com um ritmo muito forte, mas não conseguiu manter a frequência de remadas e foi perdendo posições. Terminou na sexta colocação, com o tempo de 43s865. O campeão foi o australiano Curtis McGrath, com 41s735.

Na quarta-feira, o Cowboy havia sido o mais veloz da fase classificatória, mas com um tempo mais alto (44s004). Ele estava longe das grandes competições desde 2015 – foi cortado da Rio 2016 ao descobrir um problema cardíaco e fraturou o fêmur da perna esquerda menos de um mês antes do Mundial de Racice, no ano passado.

Fonte: Globo esporte


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