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Discreto na 1ª fase, bloqueio do Brasil pode fazer a diferença na sequência do Mundial

No ranking dos melhores bloqueadores do Mundial masculino de vôlei, o Brasil figura longe das primeiras posições – o melhor aproveitamento é de Maurício Souza, titular em apenas dois jogos, em 29º lugar. A seleção teve um desempenho excepcional contra a França, mas nos quatro outros jogos da primeira fase pontuou bem menos do que os adversários no fundamento. E melhorar neste quesito pode fazer toda a diferença para a sequência da competição.

Os pontos de bloqueio do Brasil em comparação com os adversários da 1ª fase
Egito 9 x 5 Brasil
França 9 x 18 Brasil
Holanda 11 x 7 Brasil
Canadá 9 x 3 Brasil
China 9 x 4 Brasil

No jogo em que o Brasil brilhou no fundamento, a vitória por 3 sets a 2 sobre a França, o ótimo desempenho também teve relação com a eficiência do saque. Um bom serviço consegue quebrar o passe adversário e dificultar a vida do levantador, tornando o ataque adversário mais previsível para que a barreira seja montada.

– Com certeza temos que evoluir bastante nesse fundamento, mas a gente não está jogando mais contra cachorro morto. Os caras do outro lado sabem o que estão fazendo, não vão enfrentar bloqueio com passes quebrados. E com passe na mão fica difícil da gente chegar. Eles estão sabendo jogar o jogo, estourando lá em cima, e fica difícil. Mas realmente dá para a gente melhorar muito ainda. Dá para estudar mais, fazer mais bem feito tecnicamente, braço lá dentro. Acho que está falatando um pouquinho de técnica – avaliou Maurício.

Na opinião de Lucão, a análise precisa ser mais ampla. O central vê todas as bolas amortecidas pelo bloqueio como também uma forma de sucesso na execução da jogada, uma vez que isso permite que a defesa se recomponha para a formação de contra-ataques.

– Hoje em dia está difícil pegar uma equipe que faz muito ponto de bloqueio. A média está variando entre 5 e 8 pontos, quem está fazendo muito são 10. Mas é importante a gente conseguir criar contra-ataques. Principalmente no jogo contra o Canadá, a gente fez só três pontos de bloqueio, mas teve 20 chances de contra-ataque. Muitas vezes o bloqueio não está fazendo ponto direto, mas está gerando contra-ataque para a equipe.

– Muitas vezes quem é um pouco mais leigo pensa que não está funcionando, mas do outro lado tem uma equipe que cobriu muito bem. No jogo de hoje (contra a China) teve umas “coberturas espíritas”, mas acaba que a gente consegue reconstruir e fazer o contra-ataque. É importante a gente como conjunto conseguir jogar bem – disse o central.

Com a vitória sobre a China por 3 sets a 0, o Brasil chegou a 11 pontos e, com ajuda da França, confirmou a classificação em primeiro lugar no Grupo B. A seleção viaja na manhã desta quarta-feira para Bolonha, onde disputará a segunda fase. A ordem dos jogos ainda não foi confirmada pela organização, mas a seleção enfrentará Bélgica, Eslovênia e Austrália.

Fonte: Globo esporte


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