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Gustagol lê recados da torcida no Corinthians: “Muitos que criticaram hoje pedem desculpa”

A maré mudou para Gustagol nas redes sociais. Se em 2016, em sua primeira passagem pelo Corinthians, muitos comentários negativos feitos por torcedores em sua conta do Instagram magoaram o atleta, a situação mudou. Com dois gols em dois jogos oficiais, só tem lido elogios.

– Mudou bastante nas redes sociais. Hoje são elogios, mas antes eram críticas. Muitos que na época me pediram para sair, hoje estão felizes comigo, me elogiando e às vezes até pedindo desculpas. Essas mensagens me motivaram lá atrás (em 2016) e hoje motivam muito mais – disse o jogador, que tem 153 mil seguidores no Instagram.

A história de Gustagol no Corinthians começou no segundo semestre de 2016. Com destaque na Série B pelo Criciúma, foi contratado para ser a referência de um Corinthians sem identidade, que tentava se remontar após a saída de Tite e uma debandada de atletas. Fez nove jogos, sem gols.

Emprestado a Bahia e Goiás em 2017, brilhou mesmo no Fortaleza, com 30 gols em 2018. Campeão da Série B, não esconde o sentimento de gratidão ao técnico Rogério Ceni, ídolo do São Paulo.

De volta ao Timão, onde tem contrato até o fim de 2020, marcou um gol no empate contra o Santos, no amistoso que abriu a temporada, e outro na derrota por 2 a 1 contra o Guarani. Enquanto Mauro Boselli vive período de adaptação, o atacante de 24 anos aproveita suas chances.

– Esse Gustavo de agora está mais preparado para vestir essa camisa. Faltou um pouco de preparação lá atrás, até de paciência, não da minha parte. Mas quando saí, procurei aperfeiçoar e aprender nos times que passei para evoluir. Estou conseguindo – declarou.

Gustagol: A gente fica meio triste e feliz ao mesmo tempo, mas é começo de temporada ainda, tem muitas coisas para consertar, mas o Fábio Carille sabe o que a gente necessita. Chegaram jogadores novos. Quando a turma se entrosar, o time vai ficar redondinho e as coisas vão acontecer.

Ao fazer seu primeiro gol em 2019, você citou Rogério Ceni, seu técnico no Fortaleza em 2018. Um sinal de gratidão e um ato de coragem por ser feito no Corinthians, né? Planejou aquilo?

– Não pensei antes, foi do coração mesmo que saiu. Gratidão é tudo, não falei nenhuma mentira. Rogério Ceni e Fortaleza me ajudaram muito, graças a ele consegui pegar confiança, experiência e me preparar bastante para chegar no Corinthians como estou hoje.

No que exatamente ele ajudou para a sua evolução?

– Taticamente você vê que estou mais preparado para fazer os pivôs, eu tinha muita dificuldade na primeira passagem, de segurar a bola na frente para meus companheiros, hoje estou conseguindo.

Você já citou Jô, com quem você treinou no Corinthians em 2016, como um professor também. O que aprendeu?

– Na minha primeira passagem, ele estava no Corinthians só treinando, sem poder jogar ainda (fim de 2016), e sempre me falava para, quando a bola chegasse, ficar tranquilo e nem sempre devolver de primeira. Eu fazia sempre isso. Ele falou para eu segurar e esperar a opção. Coloquei isso na cabeça e fui aprimorando.

Acha que esse pivô era um vício ainda do futebol de várzea?

– Isso, bem isso mesmo! De (jogar na) loucura, essas coisas.

De onde vem essa facilidade para fazer gols de cabeça?

A altura ajuda muito e eu trabalho essa parte. Quando acaba o treino, eu peço pra ficar um pouco a mais pra praticar e aperfeiçoar cada vez mais.

Você tem anotado ou registrado todos os seus gols na carreira?

– Não, nem sei quantos gols eu tenho (risos).

A história sobre a prisão do seu pai é bastante conhecida. Mas como é o pai Gustagol? O que você consegue ter com seu filho (Henry) que não teve com seu pai?

– Meu filho tem quatro anos e mora com a mãe dele, não mora comigo infelizmente. Mas sempre que posso, ele está comigo e a gente se diverte muito. Procuro fazer muito as vontades dele. Tudo o que ele pede eu procuro dar, porque eu não tive. Às vezes minha esposa fica até brava comigo e pede para eu não fazer todas as vontades dele, mas eu faço.

No Fortaleza você fez gols de todo tipo. Falta alguma forma de gol na carreira?

– Fiz de bicicleta, de falta, de pênalti. Acho que de letra ainda não fiz. Se sobrar uma bolinha…

Fonte: Globo esporte


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