O sorriso após o jogo serve de contraste à derrota. Em um processo de evolução rumo ao Mundial, o resultado do amistoso contra os Estados Unidos importa, mas não deve servir como base. É por isso, então, que Dani Lins prefere festejar. Afinal, não era titular da seleção desde os Jogos Olímpicos do Rio – com direito ao nascimento da primeira filha no meio do caminho. Em busca do melhor ritmo, a levantadora admite o nervosismo de quem está recomeçando.
– Nossa, eu até brinquei com o Zé Elias (Proença, preparador físico da seleção): “Nossa, Zezinho, eu estou nervosa!”. Ele deu risada, mas tem tanto tempo, né? “Mas, ai, você é campeã olímpica, você não sei o quê”, mas, gente, todo jogo, sendo titular ou no banco, vem o nervosismo, vem o frio na barriga de estar voltando para a seleção. Foi um jogo melhor que o outro. Foi 3 a 0, mas as parciais foram mais apertadas. Pegamos um ritmo melhor. Só temos a crescer.
Dani Lins voltou a vestir a camisa da seleção na Copa Pan-Americana, com a seleção B. Serviu como preparação. Antes de entrar em quadra na noite de terça, a levantadora não sabia que faria sua reestreia como titular da seleção.
– Parecia a minha primeira convocação para a seleção. Quando o Zé me falou que eu ia começar, eu gritei: “Ai, meu Deus”. Mas o grupo é muito bom, todas me receberam muito bem de volta, é um grupo jovem. Nervosismo foi só na hora de começar mesmo. Depois, foi tranquilo. Todo mundo reveza. Hoje, a Roberta que é titular, ela que vem jogando. Quando ele me falou que eu ia começar, eu não sabia. Fiquei nervosa. O Sidão que fala: “Nossa, ficou nervosa? Com 33 anos na cara?”. Mas não tem jeito…
O jeitão de mãe, ela diz, também serve para a seleção. Campeã olímpica e uma das mais vitoriosas do grupo, Dani Lins também ocupa o posto de mais velha do grupo. Nada que a desanime. Pelo contrário.
– Eu não estou me sentindo (a mãe, a tia). Eu sou a mais velha do time! Eu sou mãe! Antes, tinha Sheilla, Fabizinha. Fernanda Garay não é velha, é mais rodada de mundo no vôlei do que eu, mas eu sou mais velha. Eu sou mãe, então fico mais velha ainda. Aí eu falo: “Venham, minhas filhas, eu levo vocês para cuidar enquanto não estou com a Lara”. Eu brinco muito, é gostoso. Eu tento ajudar com a minha experiência, com meu jeito “mãezona” de ser. E quero aprender muito com as mais jovens, cheias de gás, de vontade. Essa troca de experiência é muito boa.
O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira, contra os Estados Unidos. As duas seleções se enfrentam às 20h, novamente em Uberaba, com transmissão do SporTV.
Fonte: Globo esporte
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