A Polícia Civil do Amazonas cumpriu 74 mandados de prisão durante a operação “Ceia Feliz”, deflagrada na segunda-feira (10) e que se estende por toda esta semana de dezembro. A ação tem o objetivo de prender pessoas por dívida de pensão alimentícia. De acordo com a delegada Fernanda Antonucci, titular da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter, um dos homens chegou a acumular dívida de R$ 200 mil.
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (14) na sede da Delegacia Geral, no bairro Dom Pedro, na Zona Oeste da capital, apenas 32 suspeitos foram apresentados. Os demais foram liberados após o pagamento da pensão atrasada.
Conforme Antonucci, a delegacia especializada recebe as mães que denunciam os pais que não cumprem o pagamento da pensão. São as mães, inclusive, que auxiliam na localização dos suspeitos. Além de pais presos, duas mães foram presas por descumprimento.
“Nessa operação foram presas 74 pessoas que estavam devendo pensão alimentícia. A Polinter é responsável em receber esses mandados da Justiça. Nós recebemos também, na nossa base, as mães dos menores que nos ajudam a localizar os pais devedores. Inclusive não é só pai. Nós também tívemos alvos mulheres. Apesar de serem raros os casos, existem mulheres devedoras de pensão”, explicou.
Ainda conforme a delegada, o objetivo da operação não é prender os suspeitos, mas tem uma finalidade “pedagógica”.
“O objetivo dessa operação é mais pedagógico. A gente não tem intenção em prender. Temos intenção de que eles paguem. Infelizmente, a prisão é quando eles deixam de pagar e a Justiça expede o mandado”, completou.
As dívidas variam no valor que vão de R$ 1 mil até R$200 mil.
“Tem dívida de mil como tem dívida de mais de R$200 mil. Não é que a pensão seja esse valor, é o acúmulo da dívida. Eles alegam que estão desempregados e não têm como pagar”, disse.
Os mandados foram cumpridos em todas as Zonas da capital e mais pessoas devem ser presas até o final desta sexta-feira (14). Após os procedimentos cabíveis na unidade policial, os presos serão levados para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).
Fonte: G1
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