Uma mulher, de 32 anos, foi presa suspeita de participar na morte da cunhada, de 19 anos, no conjunto Ouro Verde, bairro Coroado 3, Zona Leste de Manaus. Segundo a polícia, a mulher teria mandado um homem ir até a casa da vítima e cometer o crime. “Não era para ele matar. Era só -para assustar”, disse a suspeita.
De acordo com o delegado Orlando Amaral, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a polícia prendeu Thaís Rejane Barboza Alves, na casa, após o crime, na segunda-feira (3). Ela contou aos policiais que mandou um conhecido para apenas “dar um susto” na família.
“Durante depoimento, ela admite que tramou a situação. Ela queria dar um susto na família do marido, porque havia sido acusada de furto por eles. Ela então combinou com um homem para que fosse até o local e furtasse cerca de R$ 7 mil, que estaria na casa”, disse o delegado.
Conforme Amaral, o homem então teria ído até a casa, após a cunhada deixar a porta aberta. Depois, ele avisou a Rejane que deixou o dinheiro em uma lixeira. Ela então foi ao local, pegou, gurdou em uma bolsa e escondeu em baixo da cama de um inquilino do terreno em que o crime aconteceu.
O delegado explicou ainda que o dinheiro era da igreja em que a mãe da vítima e sogra da suspeita, que era tesoureira. O corpo da vítima foi encontrado em seguida.
Ainda segundo o delegado, a mulher deu um nome do suspeito em que ela teria combinado o crime, mas ninguém foi encontrado, até a manhã de terça-feira (4).
Apresentada em uma coletiva de imprensa na DEHS, na manhã, Rejane comentou que não mandou que o homem matasse a cunhada. Ela disse ainda que não conhecia o homem que combinou o crime direito.
“Era só para dar um susto neles. Há um mês atrás, disseram que eu levei um dinheiro da casa. Eu me sentia deslocada. Eu não prometi dinheiro nenhum, só disse que ele podia ficar com o que tivesse na casa. Ele disse que voltaria, para pegar comigo. Eu só o orientei a bagunçar as coisas e pegar o dinheiro. Foi uma coisa muito rápida, da minha emoção. Foi uma idiotice minha”, explicou Rejane.
A suspeita deve responder pelo crime de homicídio qualificado. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, ela deve ser encaminhada para uma audiência de custódia no Fórum Ministro Enoch Reis.
O caso
Uma jovem de 19 anos foi assassinada a facadas na manhã desta segunda-feira (3), no conjunto Ouro Verde, bairro Coroado 3. A jovem foi encontrada morta dentro do próprio quarto pela cunhada. Segundo a Polícia Civil, há a suspeita de latrocínio – roubo seguido de morte -, uma vez que R$ 4 mil que desapareceram da casa após o crime.
A vítima morava com familiares no segundo andar de uma academia, localizada na Rua C do Coroado 3. A vítima foi encontrada deitada na cama, enrolada em um lençol, pela cunhada. A faca usada no crime estava em cima do corpo.
Segundo o delegado platonista da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs), Paulo César Ferreira, a vítima foi assassinada com seis facadas e tentou se defender na ação criminosa. Além disso, foi levada uma quantia em dinheiro da residência, mais de R$ 4 mil reais.
“A vítima foi encontrada com seis facadas. Na região do tórax e braço. Ela tentou se defender também da pessoa. Não posso dizer que a pessoa [suspeita] é conhecida, mas ela entrou sem arrombar. Levaram o dinheiro, foram mais R$ 4 mil. Alguém sabia da existência do valor”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, dentro da residência tinha objetos como notebook e celulares que, no entanto, não foram levados. Isso leva a polícia a crer que o criminoso possuía informação sobre o dinheiro no local.
“Vamos ouvir as pessoas da residência, já temos alguns suspeitos e vamos ouvir. E depois vamos tomar os procedimentos cabíveis. Apesar de ter notebook e celulares na casa, não levaram. A pessoa que veio, já veio com essa intenção”, completou.
A perícia criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) esteve no local para coletar dados para o inquérito policial que será instaurado para investigar o crime.
Fonte: G1
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