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Covas descarta lockdown em SP: ‘não há espaço para discurso alarmista’

O prefeito reeleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), descartou decretar lockdown na cidade de São Paulo. “Não há espaço para discurso alarmista de que teremos novo lockdown nem de que pandemia acabou”, disse Bruno Covas (PSDB) em entrevista à Globonews nesta segunda-feira (30). A cidade registrou aumento no número de internações por Covid-19 e abriu 200 leitos na rede municipal em novembro.

O tucano foi reeleito prefeito de São Paulo neste domingo (29), com 59,38% dos votos válidos, derrotando o candidato Guilherme Boulos (PSOL).Nesta segunda-feira (30), o governo do estado deve anunciar que São Paulo regride para a fase amarela do Plano São Paulo. Sobre o anúncio que será feito no dia seguinte às eleições municipais, Bruno Covas disse que em “nenhum momento se pautou pelo calendário eleitoral”.

O tucano disse que um confinamento rígido não foi feito na capital paulista nem durante a pior fase da pandemia. “Muito difícil realizar um lockdown numa cidade que tem 1772 ruas que ou de um lado é São Paulo e do outro é uma cidade da Grande São Paulo ou ela começa na cidade de São Paulo e termina em uma outra cidade. É uma cidade conurbada”.’Mão no fogo’ por vice
“Bom, fiz uma deferência a ele até porque considero injustas todas as acusações que foram feitas, quem conhece o Ricardo Nunes sabe que ele não tem nada de relação a agressão de mulheres, a problemas de creche. Enfim, quem conhece a história dele sabe que é uma pessoa dedicada, uma pessoa que veio de baixo, lá da zona sul de São Paulo, construiu patrimônio, empreendeu, foi vereador eleito, reeleito, é muito querido lá na zona sul de São Paulo. Então enfim, infelizmente ele sofreu muito essa campanha de ódio que se faz na internet. Mas é uma pessoa que vai ser um grande braço direito meu nos próximos 4 anos.”

Relação com o governo federal
“Claro [que irá ter diálogo], até porque entendo que o governo Bolsonaro também quer ter pontos com a prefeitura de São Paulo, a principal cidade do país. Tenho as minhas convergências partidárias, ideológicas com ele, mas a cidade quer ver um trabalho conjunto da prefeitura com o governo do estado e da prefeitura com o governo federal. Me elegi, inclusive, com este discurso. Vou procurá-lo, vou tentar estabelecer projetos em comum pra cidade de São Paulo, o eleitor espera que a gente tenha o comportamento de deixar a eleição pra ontem. Agora é o momento de construir, o momento de governador, vamos deixar o palanque eleitoral de lado e vamos focar na cidade de São Paulo. E é claro que vou buscar apoio, colaboração, junto com o governo federal”.

Aumento da tarifa
“Nós estamos analisando junto ao governo estadual, levando em consideração a inflação do período, levando em consideração essa grave crise econômica que nós temos na cidade de São Paulo, no Brasil e no mundo e até o final do ano a gente deve chegar a uma decisão junto ao governo do estado, se ela vai ter, não vai ter e quanto que ela será”.Diversidade no secretariado
“A prefeitura já cumpre a legislação municipal que estabelece uma cota de negros e negras ocupando cargos de confiança, eu me comprometi durante a campanha a ter negros e negras no secretariado, vou cumprir esse compromisso de campanha. A gente ainda não tem o número equivalente de homens com mulheres no secretariado, mas a gente chegou a um número que nunca teve na cidade de São Paulo de sete secretarias ocupadas por mulheres, vamos tentar ampliar isso ainda mais na próxima gestão”.

Tratamento do câncer
“A cada 3 semanas eu vou ao hospital receber mais uma sessão de imunoterapia. Eu estive na quarta-feira da semana passada, na última semana de campanha. Dura 30 minutos, é bem rápido. Agora deve ou nessa ou na próxima semana passar por mais uma bateria de exames. A cada 4 meses eu passo por uma bateria como essas, para poder analisar a evolução do tratamento, verificar se muda o tratamento ou se mantém, enfim, os médicos tão muito animados. Dois dos três tumores já regrediram ao máximo”.

Votos totais do 2º turno
Bruno Covas (PSDB): 59,38% (3.169.121 votos)
Guilherme Boulos: 40,62% (2.168.109 votos)
Brancos: 4,39% (273.216)
Nulos: 9,76% (607.062)
A vitória tucana ocorreu em meio a maior abstenção da história da cidade de São Paulo: mais de 30% dos eleitores (2.769.179) não compareceram às urnas neste domingo.

O tucano foi reeleito com amplo leque de alianças políticas, formando coligação que engloba onze partidos (PSDB, MDB, PP, Podemos, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV e PROS). O acordo garantiu o maior tempo de propaganda de TV no primeiro turno, mas não elegeu vereadores suficientes para formar maioria na Câmara Municipal (foram 25 das 55 cadeiras).

Fonte: G1


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