Policiais federais cumprem nesta sexta-feira (25) mandados contra suspeitos de desviar recursos públicos de cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil.
A TV Globo e a GloboNews apuraram que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e assessores estão entre os alvos. Gayer é suspeito de ter desviado recursos públicos de verbas parlamentares para financiar suas empresas particulares, como uma escola de inglês e uma loja de camisetas em Goiânia.
O celular do parlamentar foi apreendido. A TV Globo apurou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com as buscas, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo as investigações, Gustavo Gayer era o personagem central de um esquema para desviar verbas parlamentares.
O dinheiro irrigava, de acordo com o inquérito, empresas privadas do político e entidades sociais “de fachada”.
O g1 e a TV Globo tentam contato com Gayer. Em uma rede social, o deputado postou que foi acordado às 6h “com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal”.
Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Alexandre de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo”, seguiu.
Gayer não é candidato no segundo turno das eleições, mas atua na campanha de um dos concorrentes à prefeitura de Goiânia.
Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado. Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”, disse Gayer em nota divulgada pela assessoria.
As suspeitas sobre Gayer e assessores
Segundo as investigações, além de ser suspeito de desviar recursos públicos para suas empresas, Gayer também teria participado ativamente da criação e manipulação de entidades fictícias para desviar verbas por meio de emendas parlamentares.
Segundo a investigação, Gayer é descrito como a figura central no esquema, liderando as operações tanto no seu gabinete parlamentar quanto nas empresas privadas associadas a ele e à família dele.
De acordo com as suspeitas da PF, ele teria coordenado um esquema com assessores parlamentares para administrar essas atividades, mascarando seu envolvimento com o uso de “testas de ferro” para operar as empresas.
As investigações apontam que o deputado Gustavo Gayer e assessores são suspeitos de participação em esquemas de desvio de recursos públicos, associação criminosa e falsificação de documentos.
Fonte: G1
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