Dirigentes de PDT e PSB avaliaram ao blog que Fernando Haddad se tornou uma vítima do estilo “desagregador” do PT.
Com isso, avaliam, apoios “enfáticos e públicos” têm sido inviabilizados, como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e do candidato do PDT a presidente no primeiro turno, Ciro Gomes.
Na estratégia de Haddad, o ideal seria o engajamento de Joaquim Barbosa, Ciro Gomes e FHC, por meio de declarações públicas a favor do petista e gravações para o programa eleitoral. Até agora, porém, Haddad não teve sucesso ma empreitada.
Líderes do PSB disseram ao blog que Joaquim Barbosa, durante encontro com o petista em Brasília, garantiu que votaria nele, mas deixou claro que não havia decidido ter um envolvimento pessoal na campanha, como gravar para o programa eleitoral. Um interlocutor do ex-ministro disse que ele ainda avalia sua participação no segundo turno, mas sua tendência é não se “empenhar” fortemente já que a eleição está na reta final.
No caso de Ciro Gomes, depois de o candidato derrotado do PDT ter concedido apenas um apoio crítico, a esperança do PT era que, na volta de sua viagem à Europa, ele entrasse de “corpo e alma” na campanha de Haddad. Só que, o que já parecia distante, ficou mais longe depois das críticas do irmão de Ciro, Cid Gomes, ao estilo petista. Senador eleitor, ele reclamou que o PT não faz mea culpa e foi responsável pelo surgimento de Jair Bolsonaro.
Em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, apesar de ele ter uma relação muito próxima com Fernando Haddad, o tucano já deixou claro que, para o PT obter seu apoio, teria de modificar profundamente seu programa de governo. E isso, na avaliação de amigos de FHC, não será feito. Segundo esses amigos, o ex-presidente pode, no máximo, dar uma declaração de voto a Haddad nesta reta final, sem maior engajamento. Ou seja, teria efeito praticamente nulo.
Pedetistas e líderes do PSB destacam que o PT nunca foi de ceder espaço. Sempre quis ser o protagonista das campanhas eleitorais e, agora, faz um aceno num sinal de desespero, quando corre o risco real de perder a eleição. Um dirigente do PSB, a partir de experiências na relação com o PT, vai além. Segundo ele, o PT não inspira nenhuma confiança quando chega a aventar a promessa de abrir mão de candidaturas à Presidência em favor de aliados no futuro.
Fonte: G1
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