Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, iniciou nesta terça-feira (18), por volta das 15h, um novo depoimento à Polícia Federal, em Brasília.
Até a última atualização desta reportagem, ele continuava falando com a polícia.
A PF marcou esse depoimento após descobrir, durante investigações nos Estados Unidos, a existência de uma nova joia que pode ter sido negociada irregularmente naquele país por aliados de Bolsonaro.
Mauro Cid era um dos principais homens de confiança de Bolsonaro durante o mandato na Presidência. Ele fechou acordo de delação premiada com as autoridades para contar o que sabe sobre os eventuais crimes em troca de uma pena menor.
Há um inquérito, em curso na PF, que investiga se Bolsonaro e aliados se apropriaram indevidamente de joias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro durante o governo anterior.
Pelas regras brasileiras, esse tipo de presente deve ser adicionado ao acervo do Estado. Mas polícia tem indícios de que os conjuntos de joias, avaliados em milhões de dólares, chegaram a ser negociados nos EUA.
Há algumas semanas, uma joia da qual ainda não se tinha conhecimento entrou no radar da PF. A descoberta ocorreu durante uma diligência realizada em parceria com o FBI.
Em café da manhã com jornalistas na semana passada, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, falou sobre o tema.
Ele também informou que o inquérito das joias deve ser concluído ainda neste mês de junho.
O pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena, também deve dar depoimento nesta terça. No caso dele, será depoimento online.
Os conjuntos de joias
Entre as peças, estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro.Outro kit tinha joias femininas. Ao tentar entrar no Brasil sem declarar o kit, aliados de Bolsonaro foram parados pela Receita Federal. Lá, disseram que o kit era para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Fonte: G1
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