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Estágio: ter objetivos é primeiro passo para conseguir oportunidade

Ao entrar na faculdade, muitos estudantes já começam a pesquisar vagas de estágio e enviar o currículo para as oportunidades que consideram interessantes. Para que os estudantes se saiam bem no processo seletivo, o R7 ouviu duas especialistas, que falaram sobre como montar o currículo e como se preparar para a entrevista.

A supervisora de conteúdo do CIEE, Rosa Simone, afirma que a pessoa precisa começar o processo definindo um objetivo. “Eu acho que antes de montar o CV, a gente tem que fazer um processo de orientação do que realmente importa. Pensar o que é importante para ele, quais as vontades, qual a motivação que fará com que ele levante todos os dias”, afirma.

Currículo deve ser completo e objetivo

O currículo é o “cartão de visita” do entrevistado. Por isso, a atenção deve ser redobrada na hora de preencher o documento. Rosa afirma que é preciso ser objetivo e inserir informações que sejam interessantes para a vaga em questão. Para Rosa, o selecionador precisa “ter vontade de ler” o currículo.

O CV precisa ser dividido em partes: na primeira, o candidato deve colocar nome completo, endereço, formação acadêmica, incluindo instituição de ensino e ano de conclusão e informações que o candidato considerar relevantes para a vaga.

A supervisora de carreira da Catho, Luana Marley, diz que “as principais habilidades, cursos extras e experiências em trabalhos acadêmicos e voluntários” devem ser incluídas no documento, porque podem fazer com que o candidato se destaque.

Cursos de idiomas e informática tendem a ser muito valorizados no mercado e devem ser informados ao selecionador. Como a maior parte dos candidatos para estágio não têm experiência prévia, os que tiverem devem identificar o cargo anterior e as funções no currículo.

Para Rosa, a formatação do currículo também importa: os candidatos devem escolher uma fonte legível, tamanho 12 para o texto e 14 para o nome. Vale um esforço para que todas as informações sejam resumidas em apenas uma página.

Luana diz que, depois que o currículo estiver pronto, o candidato deve fazer uma correção ortográfica do currículo deve ser rigorosa. “Documentos com erros de português são facilmente descartados pelos recrutadores”, afirma.

O LinkedIn também é indicado como um recurso interessante. No entanto, Rosa orienta que o candidato mantenha o perfil sempre atualizado, valorizando a criação personalizada de conteúdo para que a pessoa se destaque dentro da rede e do mercado.

Preparação para a entrevista

Luana afirma que alguns erros podem desclassificar os candidatos. “O candidato que está concorrendo a uma vaga de estágio tem que ser pontual para entrevista, pesquisar sobre a empresa, seus valores e cultura, evitar o uso de gírias e erros de pronúncia e ser transparente sobre suas habilidades e possíveis experiências anteriores”, diz.

Segundo Rosa, a primeira coisa que o candidato precisa fazer é saber qual o perfil da empresa para qual será entrevistado. “Isso vai indicar qual o tipo de vestuário que ela vai utilizar e como ela vai se portar nessa entrevista”, explica.

Nesta pesquisa, Luana afirma que é interesse procurar as perguntas mais frequentes em processos seletivos, mas que o candidato não deve se basear exclusivamente nelas. Para Luana, a pesquisa ajuda a nortear as ideias. “Decorar o texto pode transparecer algo pouco natural e muito ensaiado, fato que os recrutadores não apreciam”, comenta.

Durante a entrevista, lembre-se de que a primeira impressão é a que fica. Para Rosa, é preciso evitar os exageros e manter características que demonstrem que a higiene pessoal está cuidada, como unhas limpas e cabelo penteado.

A postura também conta durante a entrevista. “Na hora que estiver a frente do entrevistador, não esquecer que o corpo fala. Não ficar mexendo no cabelo, balançando a perna. Tudo isso vai dar a impressão de que está nervoso, inseguro. É um momento que faz parte, seja o mais natural possível”, diz Rosa.

Para evitar o nervosismo e sair bem, Luana indique que o candidato treine com antecedência. “O candidato pode treinar para este momento com um amigo ou familiar, ou até mesmo de frente ao espelho. Para algumas pessoas, a filmagem funciona muito bem. Desta forma, é possível avaliar comportamentos e vícios corporais e verbais – trabalhando esses pontos de modo a não cometê-los nas situações reais”, afirma.

Fonte: R7


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