O Brasil, desde o “descobrimento”, enfrenta armações e desonestidades.Foi assim no Brasil Colônia, quando representantes da Coroa surrupiavam parte dos minérios destinados ao Reino.No Império, não era diferente: nobres, mancomunados com burocratas, exploravam os
pobres e os escravizados para aumentar suas fortunas.
Veio a República, e nada mudou: a classe política se aliou aos servidores públicos de alto
escalão, e foi armação de toda sorte!
A mais recente envolve justamente aqueles que trabalharam a vida inteira e hoje vivem
de suas aposentadorias ou pensões — como eu.
Somos mais de 25 milhões!
Pois não é que inventaram uma forma de surrupiar parte da nossa aposentadoria?
Pior: partindo de funcionários do primeiro escalão de um governo que se elegeu com o
apoio de trabalhadores, sindicatos e associações.
Essas mesmas entidades que deveriam defender os aposentados estão — segundo
acusações do Ministério Público Federal — envolvidas em um esquema de roubo
bilionário.Fala-se em 6,3 bilhões de reais desviados.E os escândalos não param por aí.
Agora, uma nova “caixa-preta” está sendo aberta: trata-se da utilização indevida do
nome de aposentados, sem seu conhecimento, para a contratação de empréstimos
consignados.
Quanto aos descontos indevidos, a promessa é de que serão restituídos.Mas, afinal, quem vai pagar essa conta? Serão punidos os que praticaram os crimes e se
beneficiaram, ou, mais uma vez, o prejuízo recairá sobre nós, os contribuintes? Ou tudo
acabará, como de costume, em pizza?
Manaus, 09 de maio de 2025.
Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazona
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