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Tarifas riquezas e contradições o Brasil no olho do furacão

O Brasil, país abençoado por Deus e com imensas riquezas, bem que poderia “ficar bem
na fita” com esse tsunami implantado pelo presidente Trump em mais de 180 países —
o que a grande imprensa está chamando de “tarifação”.No nosso caso, e em mais 126 países, a tarifa foi de 10%, enquanto em outros variou até 50%.

Somos um país abençoado por possuirmos imensas áreas agricultáveis, grandes e
estratégicas reservas minerais, uma rica plataforma continental em petróleo, gás e
fauna, além de quatro biomas bem definidos: a Amazônia, com sua imensa floresta
tropical; o Pantanal; o Cerrado; a Mata Atlântica; e, no extremo sul, os Pampas.

Temos ainda uma extraordinária reserva de água doce — tanto em superfície quanto nos aquíferos.Mas, no contraponto, o Brasil enfrenta sérios desafios: uma das piores malhas
rodoviárias entre os países em desenvolvimento; uma malha ferroviária pequena e ultrapassada; portos e aeroportos carentes de modernização tecnológica; uma
burocracia digna dos tempos das especiarias chinesas; uma enorme carga tributária; um
dos maiores custos trabalhistas do mundo; taxas básicas de juros na estratosfera e uma
inflação que o governo não consegue domar.
Todos esses fatores compõem o chamado “Custo Brasil”, um dos mais altos do planeta,
que assusta investidores e impacta negativamente nosso desenvolvimento.
Lamentavelmente, o Brasil também nunca deu à Educação a importância que deveria.

Como consequência, somos considerados um país atrasado, com reflexos em todos os
setores — sobretudo na mão de obra qualificada, que também é fator de exclusão.
Se, ao longo de sua história, o Brasil tivesse priorizado a Educação e investido
pesadamente em infraestrutura, hoje seria um porto seguro para o redirecionamento de
investimentos e a instalação de empresas, após a tarifação imposta por Donald Trump.
Quanto à nossa Zona Franca de Manaus, se tudo permanecer como está (se as tarifas se
mantiverem), ela poderá atrair novas empresas para cá, sobretudo da Ásia e da Europa,
em função dos nossos incentivos fiscais.Imagino que os segmentos eletroeletrônicos e o de duas rodas serão os mais
beneficiados.
Vamos torcer e aguardar!

Manaus, 08 de abril de 2025.
Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazona


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