- Política

Câmara de Manaus reinaugura Sala de Imprensa jornalista Francisco Pacífico

Por Wilson Reis

Com as presenças de amigos, familiares e do presidente da Casa Legislativa, vereador Wilker Barreto, a Câmara Municipal de Manaus – CMM realizou nesta sexta-feira, 28, a entrega da Sala de Imprensa jornalista Francisco Pacífico. “Justa homenagem à memória de Chico Pacífico, como era conhecido pelos amigos e colegas de redação, e ao que ele representou para o jornalismo no Amazonas”, lembra o jornalista Wilson Reis, representante da Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj.

O tempo registrava o ano de 1987. Eu trabalhava no Jornal do Commercio quando recebí de Chico Pacífico o convite para integrar a equipe da Editoria de Polícia, no Jornal a Crítica.  Ele foi meu editor, era simples como pessoa e gigante na investigação jornalística. Com texto limpo e direto (já não se usava mais o conhecido nariz-de-cêra) ele era capaz de escrever uma página inteira sem se repetir na abordagem dos fatos. E, quando não gostava do lead redigido, rasgava as duas folhas de papel, livrando apenas o carbono. Ia em busca da perfeição jornalística, novamente, em sua máquina de datilografia.

Como todo bom profissional da época, gostava de “sorver” geladas e tomar cachaças nos botecos mais próximos da redação de A Crítica – AC, a época, com entrada pela rua  Joaquim Sarmento, no centro histórico de Manaus, Amazonas. Lembro, que um certo dia, como editor da página de Polícia, ele me chamou a um canto da redação e disse: não vejo você no bar (referia-se ao do português Armando, na Praça São Sebastião). Como é que você vai ter pauta para o outro dia?, indagou ele.

É bom lembrar que, na área central de Manaus, os jornalistas costumavam reunir-se em mais dois locais para relaxar: o Bar da Construção (localizado nas esquinas da ruas Lobo D’Almada e 24 de Maio e no famoso, Bar do Caldeira, nas esquinas das ruas José Clemente e Lobo D’Almada, nas décadas de 70 e 80, espaço preferido pela velha guarda do jornalismo baré, de escritores e outros intelectuais.

Depois de breve reflexão, tive que admitir: mais uma vez ele tinha razão. Era no Bar do Armando, que os promotores públicos, advogados, juízes e até desembargadores do Poder Judiciário no Amazonas, passavam por lá no fim de tarde e acabavam deixando a pauta para o dia seguinte. Ficávamos com as fontes à nossa frente de onde partiam inúmeros comentários em “off” sobre personagens do mundo político amazonense e de alguns processos que tramitavam nas Varas da Justiça. Alguns magistrados acabavam se transformando, posteriormente, em fontes de informação para matérias jornalísticas. Os conhecidos “furos” surgiam, também, a partir da “sugestão de pauta” desses ilustres contatos.

Na homenagem prestada pela Casa Legislativa de Manaus à Francisco Pacífico, estavam presentes a presidente Auxiliadora Tupinambá, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – SJPAM e os profissionais amigos, Zayra Monteconrado e José Rodrigues.

 

Chico Pacífico, Parabéns! Você  merece a homenagem prestada pela CMM.


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