- Economia

Dólar cai mais de 2% e fecha a R$ 6,12, após leilões de US$ 8 bilhões do BC e de olho no pacote fiscal

Após bater recorde de R$ 6,30 pela manhã, o dólar mostrou um alívio e fechou em queda nesta quinta-feira (19), a R$ 6,12. A redução do valor da moeda norte-americana só foi possível graças a dois leilões de dólar realizados pelo Banco Central do Brasil (BC) para aumentar a oferta da moeda no país e conter a desvalorização do real.

O primeiro leilão, por volta das 9h30, vendeu US$ 3 bilhões, mas não foi suficiente para conter a alta. O BC, então, anunciou um segundo leilão, de mais US$ 5 bilhões, para as 10h35. Pouco antes de 12h, a moeda americana passou a operar abaixo dos R$ 6,20.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta que houve uma saída extraordinária de recursos do país neste fim de ano e, por isso, a instituição resolveu intervir com leilões de venda de dólares. O futuro chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, disse não ver “ataque especulativo” contra o real.

O foco do mercado continuou no cenário fiscal, com a tramitação dos projetos do pacote de corte de gastos do governo. Na tarde desta quinta, foi aprovado em 1º turno o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria novas regras para o abono salarial e prorroga a desvinculação de receitas da União, que libera recursos antes alocados em determinadas áreas.

Na quarta-feira, o relator de outro projeto do pacote fiscal na Câmara dos Deputados apresentou seus pareceres para que os textos sejam votados na Casa.

O problema é que houve uma “desidratação” de algumas medidas — ou seja, amenizou alguns pontos no texto que podem resultar em uma contenção das despesas públicas menor que o esperado.

Investidores acompanham de perto o desenrolar das propostas. Há um temor de que as medidas anunciadas não sejam suficientes para equilibrar as contas públicas e conter o avanço das despesas do governo. Novas votações devem ocorrer ainda nesta quinta.

Além do cenário fiscal, o mercado repercute, também, o relatório de inflação do BC. A instituição admitiu oficialmente que a meta de inflação, em 2024, será descumprida novamente, pelo terceiro ano seguido.

A meta para 2024 era de 3% e poderia oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada formalmente cumprida.

Por Redação g1 — São Paulo

 

00:00/03:20

‘A gente sabe que há um problema fiscal’, diz Daniel Sousa sobre alta do dólar

Após bater recorde de R$ 6,30 pela manhã, o dólar mostrou um alívio e fechou em queda nesta quinta-feira (19), a R$ 6,12. A redução do valor da moeda norte-americana só foi possível graças a dois leilões de dólar realizados pelo Banco Central do Brasil (BC) para aumentar a oferta da moeda no país e conter a desvalorização do real.

O primeiro leilão, por volta das 9h30, vendeu US$ 3 bilhões, mas não foi suficiente para conter a alta. O BC, então, anunciou um segundo leilão, de mais US$ 5 bilhões, para as 10h35. Pouco antes de 12h, a moeda americana passou a operar abaixo dos R$ 6,20.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta que houve uma saída extraordinária de recursos do país neste fim de ano e, por isso, a instituição resolveu intervir com leilões de venda de dólares. O futuro chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, disse não ver “ataque especulativo” contra o real.

O foco do mercado continuou no cenário fiscal, com a tramitação dos projetos do pacote de corte de gastos do governo. Na tarde desta quinta, foi aprovado em 1º turno o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria novas regras para o abono salarial e prorroga a desvinculação de receitas da União, que libera recursos antes alocados em determinadas áreas. (leia mais abaixo)

Na quarta-feira, o relator de outro projeto do pacote fiscal na Câmara dos Deputados apresentou seus pareceres para que os textos sejam votados na Casa.

O problema é que houve uma “desidratação” de algumas medidas — ou seja, amenizou alguns pontos no texto que podem resultar em uma contenção das despesas públicas menor que o esperado. (veja os detalhes também mais abaixo)

Investidores acompanham de perto o desenrolar das propostas. Há um temor de que as medidas anunciadas não sejam suficientes para equilibrar as contas públicas e conter o avanço das despesas do governo. Novas votações devem ocorrer ainda nesta quinta.

Além do cenário fiscal, o mercado repercute, também, o relatório de inflação do BC. A instituição admitiu oficialmente que a meta de inflação, em 2024, será descumprida novamente, pelo terceiro ano seguido.

A meta para 2024 era de 3% e poderia oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada formalmente cumprida.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar em alta: economista Roberto Padovani é entrevistado no Conexão

Dólar

O dólar caiu 2,32%, cotada a R$ 6,1216. Na máxima do dia, porém, chegou a R$ 6,3000. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,82%, cotada a R$ 6,2672.

Com o resultado, acumulou:

ganhos de 3,85% na semana;

alta de 4,44% no mês;

avanço de 29,15% no ano.

Ibovespa

Por volta das 17h, o Ibovespa subia 0,31%, aos 121.148 pontos.

Na véspera, o índice caiu 3,15%, aos 120.772 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 3,08% na semana;

perda de 3,90% no mês;

recuo de 10% no ano.

Fonte: G1


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