- Economia

OCDE reduz previsão de crescimento global por dificuldades no comércio e mercados emergentes

O crescimento econômico global atingiu um pico diante das tensões comerciais e turbulências nos mercados emergentes, disse a OCDE nesta quinta-feira (20), após reduzir sua previsão anterior.

A economia mundial está a caminho de crescer 3,7% neste e no próximo ano, ante 3,6% no ano passado, disse a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE).

Em sua previsão econômica anterior, de maio, o fórum de políticas baseado em Paris previa um crescimento de 3,8% neste ano e de 3,9% em 2019, mas disse em uma atualização nesta quinta-feira que o crescimento chegou ao ritmo máximo desde que essas últimas projeções foram feitas.

A OCDE disse que o crescimento do comércio, o motor por trás do avanço global nos anos recentes, desacelerou neste ano para cerca de 3%, ante 5% em 2017, com tensões entre os Estados Unidos e seus maiores parceiros comerciais pesando sobre a confiança e investimentos.

“Encomendas de exportações começaram a diminuir e isso tem ocorrido por alguns meses e o que isso significa é uma desaceleração no crescimento do comércio que vai continuar”, disse a jornalistas a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone.

“Nós estamos vendo o aumento do protecionismo reduzindo a nossa previsão”, ela acrescentou.

Estados Unidos
Embora os Estados Unidos sejam a fonte destas tensões comerciais, a perspectiva econômica para os EUA foi a melhor entre as economias mais desenvolvidas da OCDE, graças a cortes de impostos e gastos do governo.

A OCDE manteve sua previsão para o crescimento dos EUA neste ano a 2,9%, mas reduziu sua estimativa para o próximo ano para 2,7%, ante 2,8%.

A organização disse que as tarifas de importação dos Estados Unidos estavam começando a ter impacto na maior economia do mundo, estimando que as tarifas já impostas elevariam os preços dos Estados Unidos em 0,3% a 0,4%.

Produtos específicos foram ainda mais afetados, com os preços nos EUA de máquinas de lavar saltando 20% entre março e julho, enquanto exportações de automóveis dos EUA para a China recuavam 40% ao longo de um ano.

Fonte: G1


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