A campanha dos candidatos à presidência da República, nestas eleições 2018, apresenta pouca divulgação no Amazonas. A exceção se dá na propaganda por meio da TV, que tem mantida desde o início consistência e volumes nas peças veiculadas. O Estado contabiliza a vinda oficial de Ciro Gomes e, sem divulgação maior, de Mourão, vice de Bolsonaro. Com apoio da coligação “Eu voto no Amazonas”, do candidato a governador Amazonino Mendes, o presidenciável Ciro (PDT) após carreata, inaugurou, no dia 15 passado, mais um comitê de campanha na cidade de Manaus.
Considerado “inimigo político” do Amazonas, em função de posicionamentos contrários aos interesses comerciais do Pólo Industrial de Manaus – PIM, o candidato Geraldo Alckmin levou a coligação formada por Omar Aziz (PSD) e Arthur Bisneto (PSDB), a não realizar a campanha dos candidatos majoritários e proporcionais no Estado, utilizando o nome do candidato a presidente como reforço político no pedido de votos junto aos eleitores. Esse problema foi identificado antecipadamente pelas lideranças tucanas no Amazonas, levando o prefeito Artur Neto, à manifestação pública contrária ao paulista Alckmin.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, por sua vez tem utilizado as mídias sociais e o espaço gratuito de rádio e tv para divulgar sua candidata à presidente, Vera Lúcia. A limitação para os partidos considerados pequenos e com repasse menor de recursos do Fundo Partidário, na prática se manifestam pela atuação em setores e locais prioritários, além de focar as ações de campanha nas capitais brasileiras, secundarizando o trabalho em outros municípios.
O Partido Socialismo e Liberdade – PSOL, por meio de sua militância, além do setor de bancários, de onde surgiu a militância de Nindberg Santos, candidato próprio a governador,também utiliza as mídias na propaganda política e na apresentação do candidato Guilherme Boulos, candidato à Presidência da República.
Segundo a presidente estadual da sigla, Pedrinha Lasmar, a chapa foi fechada com candidatos a deputado estadual, federal, senador e governador.
No Partido Social Liberal – PSL, a orientação da executiva nacional é a de utilizar os candidatos proporcionais para propaganda de Jair Bolsonaro no Amazonas. “Todos estão chamando voto nas atividades de propaganda”, reforça o candidato a deputado estadual pela sigla, coronel PM Sales Moreno.
Enquanto alguns diretórios estaduais seguem orientação das executivas nacionais para divulgar e disputar os votos aos candidatos à presidência da República, o “Partido Socialista Brasileiro – PSB, liberou os candidatos a realizarem campanhas para os presidenciáveis que melhor convier, ou seja, os candidatos de sua preferência, desde que não atrapalhe ou prejudique a campanha de David Almeida para o governo do Amazonas”, assinala Matheus Castro, presidente da Juventude do PSB.
As prioridades, segundo os socialistas são, eleger o deputado David Almeida governador; Marcelo Serafim, deputado federal e garantir a reeleição do deputado Serafim Corrêa à Assembleia Legislativa do Estado – Aleam/Am.
No PT, os candidatos estavam desde o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, pedindo votos para o 13, mas sem poder divulgar o nome do candidato à presidente, Fernando Haddad. Até então, o nome divulgado era de Lula. Contudo, após a negativa, no início do mês, do Tribunal Superior Eleitoral – TSE, negando o registro da candidatura à Lula com base na Lei da Ficha Limpa, o tribunal estabeleceu o prazo de 10 dias para que o partido apresentasse um novo nome/chapa.
Após a definição da chapa Haddad e Manuella, pela coligação PT/PCdoB, o partido passou a intensificar a propaganda em todo país, o que serviu para alavancar, até então, o crescimento do candidato petista nas pesquisas de intenção de voto junto ao eleitorado brasileiro.
Indecisos ainda são muitos
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, em duas semanas, mais de 140 milhões de brasileiros deverão comparecer às sessões eleitorais de todo o país. No entanto, conforme pesquisa de intenção do Datafolha divulgada na quinta-feira (20), 30% do eleitorado ainda não sabe em que vai votar para presidente (indecisos), no dia 07 de outubro, quando ocorre o primeiro turno das eleições 2018 no país.
Especialistas em campanha de candidatos, consideram o número alto, mas ele vem caindo nas últimas semanas. Dez dias antes da divulgação desta pesquisa, por exemplo, essa parcela de indecisos correspondia a 37% dos eleitores. E afirmam que essa será a tendência: quanto mais perto do primeiro turno, mais eleitores definirão seus votos, reduzindo o percentual.
Texto: Juscelino Costa
Imagem: Estadão
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