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Após Mundial, Martine e Kahena farão aclimatação no Japão de olho em 2020

Depois de um ano separadas, Martine Grael e Kahena Kunze estão juntas novamente. A primeira missão da dupla campeã olímpica após o período em que Martine ficou focada na disputa da Regata Volta ao Mundo é o Mundial de Classes Olímpicas, em Aarhus, na Dinamarca. Elas esperam conseguir, logo nessa primeira tentativa, a classificação para Tóquio 2020. Logo depois da competição que promete ser uma prévia olímpica, já que terá os principais nomes da classe 49er FX, as duas embarcam para o Japão. A ideia é fazer uma aclimatação e conhecer o local onde pretendem disputar um novo pódio na próxima edição dos Jogos.

Mais após ano longe, Martine e Kahena fazem 1ª tentativa pela vaga olímpica de 2020

 

– Vamos para Tóquio com bastante antecedência para aprender um pouco sobre lá. Não vai ser na intensidade máxima, mas vai ser proveitoso. Do Mundial vamos para Tóquio, fazemos um evento-teste e depois descansamos um pouco. Fazemos a Hiroshima Sailing Week. Ficaremos lá um mês mais ou menos conhecendo o lugar, se adaptando à comida, aclimatando, né? E depois dessa maratona toda teremos pelo menos duas semanas de descanso – contou Martine Grael, que ficou em quarto lugar com o barco holandês na Regata Volta ao Mundo.

A vaga pode sair logo em Aarhus, no torneio que acontece de 30 de julho a 12 de agosto, mas, se acontecer, será do Brasil, não necessariamente de Martine e Kahena. Obviamente, elas são as favoritas. E, apesar de terem um longo caminho pela frente no ciclo olímpico, é impossível não projetar a próxima edição dos Jogos. Elas já começam a pensar, por exemplo, nos materiais para a disputa da Olimpíada. O barco, aliás, pode ser um “velho conhecido”.

– O barco que usamos na Olimpíada deixamos intacto para não gastar. E o mastro também. A ideia é achar um outro barco melhor que ele e, se não conseguirmos achar, vamos correr com ele mesmo – afirmou Martine.

– Na campanha passada, não focamos tanto no material. Na de agora, já conhecemos mais o barco, dominamos, e a gente crê que para essa o material fará mais diferença. Vamos focar mais em encontrar um material melhor. Mas claro que custa dinheiro. Apesar de que temos uma boa ajuda do Comitê, patrocinadores e Ministério – completou Kahena.

Martine e Kahena sabem que a história agora é diferente. Se antes elas treinavam no local onde competiram e se tornaram campeãs olímpicas, agora vão para águas desconhecidas por elas:

– O mais desafiador será que antes nós treinávamos em casa, competimos no quintal de casa. Agora vamos para fora: clima diferente, língua diferentes, pessoas diferentes e condições que nunca vimos na vida – avaliou Kahena.

A questão da logística, aliás, devido à distância para o Japão, é desafiadora.

– Nosso barco tem dois fabricantes, um na Nova Zelândia, outro na Inglaterra. Foi bem difícil levar os barcos para o Brasil. Temos uma base em Barcelona. Quando temos competições na Europa, a gente pega um carro e reboca o barco. Para o Japão, já foi um contêiner nosso lá que tem o barco mais velho, o do Rio, que vamos velejar. Para a Olimpíada ainda estamos pensando se levamos o barco do Rio ou se compramos um novo para o Japão. É uma logística bem complicada essa, porque realmente sendo só dois fabricantes, às vezes complica. Mas a gente consegue dar um jeito – opinou Kahena.

– Barcos tem vida útil grande, mas no alto rendimento qualquer coisinha já faz diferença. Para Olimpíada e Mundial, sempre bom ter um barco bom – acrescentou Martine.

Time do Brasil em Aarhus
A delegação brasileira será formada por 20 velejadores. Além de Martine Grael e Kahena Kunze, competem Carlos Robles e Marco Grael (49er); Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminina); Geison Mendes e Gustavo Thiesen (470 masculina); Henrique Haddad e Felipe Brito (470 masculina); Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (Nacra 17); João Bulhões e Bruna Martinelli (Nacra 17); Jorge Zarif (Finn); Patrícia Freitas (RS:X feminina); Brenno Francioli (RS:X masculina); Bruno Fontes (Laser); Gabriella Kidd (Laser Radial); e Cláudio Cruz (Kiteboard).

Medalhas brasileiras no Mundial
Cádiz/Espanha (2003) – Robert Scheidt – Laser – PRATA
Cascais/Portugal (2007) – Robert Scheidt e Bruno Prada – Star – OURO
Cascais/Portugal (2007) – Ricardo Winicki – RS:X masculina – OURO
Perth/Austrália (2011) – Robert Scheidt e Bruno Prada – Star – OURO
Santander/Espanha (2014) – Martine Grael e Kahena Kunze – 49er FX – OURO

Fonte: Globo esporte


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