O governo de São Paulo (SP) afirmou nesta quinta-feira, 12, durante entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, que as internações causadas por covid-19 não estão crescendo no estado.
O tema veio à tona pois na última segunda-feira, 9, a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo revelou que hospitais privados registraram aumento do número de atendimentos por causa da doença.
Ainda nesta quinta, a coluna da jornalista publicou uma matéria em que a infectologista Christina Gallafrio Novaes, do Hospital das Clínicas de São Paulo, relata um grande aumento nas internações de alguns hospitais famosos da capital paulista.O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e a equipe técnica da área da Saúde no estado negaram essa informação.
O secretário-executivo do comitê de contenção do novo coronavírus, João Gabbardo, afirmou que existem variações mínimas mas não representam um problema mais grave até o momento. “Números de São Paulo não estão piorando. Os aumentos de internação não se confirmam nos indicadores que acompanhamos. Variações de um dia para o outro acontecem. Mas em períodos maiores, como na média móvel, não se confirma o aumento. É definitivo? Não é. Então continuaremos acompanhando”, afirmou.
O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, José Medina, apresentou os dados que sustentam a declaração de Gabbardo
“Nas últimas quatro semanas, o número de internações em hospitais privados foi 233, 233, 243, 214 e 228. Então, nas últimas cinco semanas, não houve aumento. Há dois meses, foi de 311, 301 e 332. Então, nos últimos dois meses, houve diminuição. E nas últimas cinco semanas, está estável”, analisou Medina.
Segundo disse a Folha, houve crescimento em hospitais como Sírio Libanês, HCor, Vila Nova Star e São Camilo. Quando a isso, Doria afirmou que essas unidades de saúde costumam receber pacientes de outros estados e por isso, talvez, estejam nessa situação, mas quenão representaria um aumento da transmissão nos municípios de São Paulo.
“Grandes hospitais de São Paulo vêm recebendo semanalmente dezenas de pacientes de outros estados do país. É importante destacar isso para não incluir, na conta de São Paulo, pacientes que vieram de outros estados”, argumentou Doria.
O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, pediu que os dados do governo sejam respeitados. “Esses dados têm credibilidade e são baseados nele que vamos fazer o Plano São Paulo. São eles que vão gerenciar as atitudes do governo do estado, para dar segurança para todos. Se tem qualquer outra plataforma revelando aumento, não temos essa informação. Estamos atentos e nos baseando em dados que são fieis e precisam ser respeitados”, afirmou.
Fonte: Msn
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