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Brasil encara a Holanda, que aposta em “espião” para tentar dar trabalho no Mundial

Quando o hino brasileiro tocar na Arena de Ruse, Claudio Gewehr não tem dúvidas de que vai se emocionar. Mas não se engane. No Mundial masculino de vôlei, a função do assistente técnico é contribuir para o sucesso…. da Holanda! Auxiliar de Guido Vermeulen e também treinador da seleção juvenil do país, o gaúcho é o espião dos europeus em busca de pontos contra o Brasil – o discurso de atletas e comissão técnica é de que é quase impossível superar os atuais campeões olímpicos neste estágio.

Brasil e Holanda se enfrentam às 14h30 (de Brasília) deste sábado. O pré-jogo no SporTV começa meia hora antes, e o GloboEsporte.com segue em Tempo Real.

Claudio nasceu em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, e começou a jogar vôlei em Florianópolis quando tinha 15 anos. Aos 21 mudou-se para a França e depois fez carreira na Bélgica, onde se casou e se naturalizou. Quando fez a transição de carreira para trabalhar como treinador teve oportunidade de dirigir a seleção masculina belga por sete anos, e depois de passar por dois clubes foi convidado a integrar a comissão técnica holandesa.

Há três anos no cargo, ele acompanhou o ressurgimento do vôlei masculino do país. Campeã olímpica em Atlanta 1996, a Holanda passou 16 anos sem disputar um Mundial e agora volta à competição tentando evoluir o jovem elenco e subir no ranking da Federação Internacional – atualmente é a número 26 do mundo. Todos sabem que qualquer pretensão de medalha, neste momento, é irreal. O que Claudio espera fazer é usar a experiência para que o time consiga dar trabalho às grandes potências, como o Brasil.

– Nessa hora a gente tem o nosso trabalho, a parte professional a que a gente se dedica muito. Tenho que valorizar o nosso trabalho, então tenho que meio que ser o espião para ver se a gente consegue ganhar uns pontinhos do Brasil. Vou passar para eles muita dificuldade porque o time do Brasil está muito bem – disse com o sotaque de quem mora há três décadas na Europa.

Os três amistosos contra o Brasil, na fase de preparação, deram aos holandeses um panorama do que enfrentariam em Ruse. Nos jogos em Brasília, Manaus e Belém, os comandados de Renan Dal Zotto não tiveram a vitória ameaçada em momento algum, mesmo sem contar com alguns de seus principais jogadores. Para o duelo na Arena de Ruse, válido pelo Grupo B, esperam novamente uma pedreira. Para Claudio, a lembrança dos amistosos rende ainda a certeza de que irá se emocionar.

– Tivemos três jogos amistosos com o Brasil e foi um momento muito especial. Foi a primeira vez na minha vida que joguei contra o Brasil, o país do meu coração. O momento do hino foi muito especial, e agora no Campeonato do Mundo vai ser mais especial ainda. Para a gente é uma coisa muito difícil, porque o Brasil é o favorito principal deste campeonato, então a gente vai ter que lutar muito para se manter em quadra e principalmente para poder fazer um jogo bom.

Do lado brasileiro, é unânime o pensamento de que não se pode subestimar o adversário. Ninguém quer se iludir com as vitórias tranquilas em casa e passar um sufoco desnecessário diante da Holanda no Mundial.

– Não tem time mais bobo. Um exemplo foi o Egito na estreia. Mas precisamos fazer 3 a 0 porque levamos os resultados para a próxima fase – avaliou Wallace.

Fonte: Globo esporte


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