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frustração por resultado não apaga bom cartão de visitas de um Ceni que espelhou o Flamengo de 2019

Quanto um técnico é capaz de interferir no rendimento de um time em pouco mais de 24 horas de trabalho? Rogério Ceni mostrou que muito. Nem que para isso tenha sido necessário reabrir uma gaveta de boas memórias na mente dos jogadores do Flamengo.

O resultado da estreia do novo comandante é frustrante – mais ainda pelas circunstâncias. Mas o time que vai ao Morumbi na próxima quarta-feira tentar reverter o 2 a 1 do São Paulo pelas quartas de final da Copa do Brasil flertou com o passado vitorioso, o que é suficiente para aumentar a esperança do torcedor.

Rogério Ceni em entrevista coletiva despiu-se de vaidade e admitiu: emulou o Flamengo de Jorge Jesus com pitadas de seu trabalho no Fortaleza para apresentar uma cara nova após o frustrante e apático trabalho de Domènec Torrent. Deu certo como performance.

Lembra daqueles termos que o torcedor acostumou-se a repetir em 2019: linha alta, time compacto, intensidade e mobilidade? O Flamengo teve tudo isso no duelo do Maracanã. Foi outro time.

E os números ajudam a apresentar uma equipe mais intensa, vertical e, principalmente, segura. O Flamengo terminou o primeiro tempo sem permitir que o São Paulo sequer finalizasse ao gol de Diego Alves. Fez efeito o antídoto ao time frágil de dias atrás.

Números de Flamengo x São Paulo
Posse de bola: 50% x 50%
Finalizações: 12 x 4
Finalizações no gol: 6 x 3
Grandes chances: 3 x 2
Passes trocados: 438 x 426
Faltas cometidas: 10 x 15
Escanteios: 7 x 4

Nos 90 minutos, foram 12 finalizações contra 4, igualdade na posse de bola, mas com mais passes trocados (438 x 426) e um futebol impositivo na maior parte do confronto. O erro grosseiro de Hugo castigou um time que fez mais para vencer.

Com linhas próximas e altas, o Flamengo tirava espaço de um São Paulo que pecava na saída de bola. A mudança de posicionamento após um trabalho de 100 dias, no entanto, custa um preço. Gustavo Henrique demorou para ler o passe de Gabriel Sara, se movimentou para trás e deu condição a Brener no primeiro gol.

De modo geral, porém, a defesa rubro-negra foi bem. Gustavo Henrique e Léo Pereira pareciam confortáveis e mais protegidos.

Do meio para frente, um posicionamento de Flamengo versão 2019 e com sinais claros de Rogério Ceni sobre disputas por posição. Arão, Gerson e Maia brigam duas vagas, assim como Gabriel, Pedro e Bruno Henrique.

Michael e Vitinho foram escolhas que surpreenderam e deram certo como meias abertos que infiltram. Mas está claro que Ribeiro e Arrascaeta serão intocáveis sempre que estiverem em condição no esquema do ex-goleiro.

A mobilidade característica do time de Jesus e a liberdade para os dois atacantes dialogarem sem tanta atribuição defensiva também foi perceptível. Gabigol e Bruno Henrique até fizeram a famosa comemoração da fusão: passe de um, gol de outro.

A derrota com gol no fim e falha do xodó caiu como uma tempestade para o torcedor do Flamengo. A previsão, entretanto, parece ser de sol para um futuro breve.

Fonte: Globo esporte


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